Gestão de Riscos
GRI 1.2, 4.11

A gestão de riscos corporativos, aspecto essencial no modelo de gestão adotado, é foco de contínuo aperfeiçoamento na CTEEP. Por isso, a Companhia mantém uma política formal de gestão de riscos que integra informações das mais diversas áreas, a fim de mapear, monitorar e antecipar o gerenciamento dos riscos que possam vir a interferir na boa gestão dos negócios, impactando negativamente nos resultados ou colocando em risco sua eficiência operacional. Criado em 2008 a CTEEP conta, também, com um Comitê de Riscos, composto por seis membros, que se reúne quatro por ano.

A Companhia adota o processo de Gestão Integrada de Riscos (GIR), sistema de avaliação e monitoramento dos riscos e do ambiente de controles internos dos processos, baseado na metodologia internacional Enterprise Risk Management (ERM). A ferramenta permite identificar possíveis riscos, indicando ações para gerenciá-los em todos os processos. O modelo da CTEEP aborda temas como a participação em leilões de transmissão, governança corporativa e o relacionamento da Empresa com suas subsidiárias.

Atualmente, a Companhia mapeia 38 cenários de riscos, que são monitorados continuamente e priorizados de acordo com o grau de exposição e a probabilidade de ocorrência. Os riscos de maior relevância mensurados pela CTEEP são:

       ■    de crescimento;
       ■    de atrasos em projetos por inadimplências contratuais;
       ■    jurídicos;
       ■    regulatórios;
       ■    relacionados a fenômenos da natureza;
       ■    de falhas humanas ou de procedimentos; e
       ■    de acidentes com colaboradores ou terceiros.

Por meio de quatro matrizes de risco, a Companhia gerencia a probabilidade e o impacto de cada um dos cenários em quatro recursos fundamentais: financeiro, humano, de informação e de imagem. Além disso, associa a GIR aos controles internos, com o monitoramento de cenários, que auxilia a identificação, de forma antecipada, da possibilidade da ocorrência de falhas.

Nesse sentido, a Companhia conta com um Plano de Atendimento a Emergências, que inclui informações de logística e recursos para recuperação das linhas de transmissão, garantindo o seu perfeito funcionamento. O objetivo é alcançar o menor impacto possível no sistema elétrico, promovendo também a segurança dos colaboradores.

Periodicamente, são realizados treinamentos das equipes de manutenção, envolvendo as providências a serem adotadas em caso de emergência com relação à comunidade, autoridades e clientes industriais. No decorrer de 2012, foram realizados seis treinamentos relacionados à cultura de gestão de riscos, totalizando 48 horas e envolvendo 58 colaboradores de todas as áreas e níveis hierárquicos.

Já para a análise dos riscos financeiros, são utilizados instrumentos de hedge cambial (swap), que têm como principal objetivo neutralizar os riscos de variação cambial, inerentes aos contratos de empréstimos captados em moeda estrangeira.

No sentido de buscar a atualização e contínua evolução de suas ferramentas de gestão de risco, o Comitê de Riscos trabalhou, em 2012, na revisão do cenário de risco de fornecedores com irregularidades, além de elaborar relatório de informações trimestrais dos riscos considerados prioritários. As avaliações realizadas pelo Comitê levaram a sugestões de melhorias, que foram revertidas em diversas ações no decorrer do ano, com destaque para as seguintes:

Monitoramento mensal de 30 fornecedores,a ser realizado por empresa especializada

Realização do pré-cadastro de fornecedores

Análise de fornecedores, quanto à capacidade de execução do serviço

Treinamento de todos os gestores

Também em 2012, foi estruturado e divulgado novo mapa estratégico, que melhor alinha a GIR ao tema da sustentabilidade e perenidade dos negócios da Companhia e do Grupo ISA, como importante ferramenta de gestão empresarial.

No último trimestre do ano, a CTEEP realizou o Encontro Anual das Equipes de Gestão de Riscos na ISA. Durante o evento, foram discutidos diversos temas, como aperfeiçoamento na metodologia da GIR, integração das informações da Auditoria Interna, GIR e Gestão de Processos e a futura criação de uma Resseguradora Cativa da ISA.