Receitas
GRI 2.8

Em 2012, a receita bruta consolidada atingiu R$ 3.173,9 milhões, com redução de 2,9% em relação a 2011 quando registrou R$ 3.268,7 milhões. A receita da CTEEP é proveniente das seguintes fontes: (i) serviços de construção; (ii) operação e manutenção das linhas de transmissão de energia elétrica; (iii) receitas financeiras; e (iv) outras receitas.

Em 2012, a receita de construção da Companhia totalizou R$ 976,7 milhões. Houve queda de 11,5% em relação a 2011, impactadas positivamente pelo avanço das obras da IEMadeira e início da IEGaranhuns; e negativamente pela entrada em operação das subsidiárias Pinheiros (subestações Getulina, Mirassol e Piratininga II) e Serra do Japi, cujas obras foram concluídas no quarto trimestre de 2011 e no primeiro trimestre de 2012, respectivamente; também, pela finalização de obras de reforços e novas conexões nos ativos existentes da CTEEP (controladora).

As receitas de operação e manutenção totalizaram R$ 594,7 milhões no ano, frente aos R$ 555,1 milhões verificados em 2011. O crescimento de 7,1% decorre das variações positivas de 4,26% no IGP-M, fator de ajuste da RAP do principal contrato de concessão da Controladora, (059/2001), de 4,98% no IPCA, fator de correção das RAPs das subsidiarias para o ciclo 2012/2013, e da entrada de receita para novos reforços energizados ao longo de 2012. Refletindo a variação do fluxo financeiro previsto para realização dos valores de construção e reversão, as receitas financeiras somaram R$ 1.584,8 milhões em 2012, em linha com os R$ 1.590,0 milhões verificados no ano anterior.

A receita financeira é reconhecida quando for provável que os benefícios econômicos futuros deverão fluir para a Companhia e o valor da receita possa ser mensurado com confiabilidade. A receita de juros é reconhecida pelo método linear com base no tempo e na taxa de juros efetiva sobre o montante do principal em aberto, sendo a taxa efetiva de juros aquela que desconta exatamente os recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida projetada do ativo financeiro em relação ao valor contábil líquido inicial deste ativo.

O impacto do reajuste da RAP está relacionado com a Receita Financeira, uma vez que os recebimentos de caixa futuros deverão ser reajustados em virtude do novo valor estipulado pelo regulador (ANEEL). Dessa forma, o fluxo de caixa futuro é reajustado com o novo valor da RAP até o final do período de concessão e o novo valor presente desse fluxo reajustado servirá como base para a remuneração dos ativos financeiros para o próximo ciclo pela mesma taxa efetiva de juros.

As outras receitas da Companhia contabilizam aluguéis para empresa de telefonia fixa e prestação de serviços relacionados à manutenção e análises técnicas contratadas por terceiros.

Somados os fatores explicitados, a receita líquida consolidada da CTEEP atingiu R$ 2.819,0 milhões em 2012, queda de 2,8% em relação ao ano anterior, quando reportou R$ 2.900,8 milhões. (2.8)


Custos e Despesas Operacionais
GRI EC1

Em 2012, os custos e despesas operacionais mantiveram-se em linha com o apurado em 2011, somando R$ 1.438,7 milhões frente aos R$ 1.450,4 do ano anterior.

A variação nos custos e despesas dos últimos 12 meses, é decorrente, substancialmente, do acréscimo nos custos de pessoal, proveniente do dissídio coletivo de 6,0%, concedido em julho de 2012, e ao aumento do quadro de pessoal; acréscimo dos custos e despesas com serviços e terceiros, decorrente do avanço das obras da controlada IEMadeira, na qual a redução acompanha a variação da receita de construção; acréscimo das despesas de contingências, que sofreram revisão da expectativa de perda de alguns processos e pelo ganho de processo trabalhista reconhecido em 2011, no montante de R$ 27,6 milhões; compensado pela redução dos custos de materiais que acompanha a variação apresentada na receita de construção, refletida pela entrada em operação da controlada Serra do Japi, cujas obras foram concluídas durante o primeiro trimestre de 2012.